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Oeste quer concorrência no leilão do Lote 5 para a equiparação de preços

sábado, 25 de outubro de 2025

POD

O novo pedágio do Paraná foi um dos temas centrais da reunião do Conselho de Administração do POD (Programa Oeste em Desenvolvimento) na tarde de quinta-feira, 23, na Acifi, em Foz do Iguaçu. O consenso entre empresários, líderes do setor produtivo e entidades é da necessidade de se ter concorrência no leilão do Lote 5, agendado para o próximo dia 30 de outubro, a fim de equiparar a tarifa praticada em rodovias que cortam o Oeste com aquelas que conectam outras regiões do Estado.

Para aprofundar aspectos sobre a atualidade dos leilões e da nova concessão de rodovias no Estado, o POD convidou o suplente de deputado e ex-auditor da Tribunal de Contas do Paraná, Homero Marchese. Homero fez um resgate histórico do Anel de Integração Rodoviário, iniciado em 1997 e que abrangia 2,4 mil quilômetros, do movimento pela não renovação dos contratos e sobre as primeiras impressões das novas concessões, iniciadas em 2023 com primeiro leilão em 2024.

Agora são 3,3 mil quilômetros com distribuição também em seis lotes, com concessão de 30 anos. A organização do processo é responsabilidade do governo federal. Houve descontos nos leilões dos lotes 1, 3 e 4 e nenhuma disputa no 2 e 6. Com isso, não houve desconto no 6. A preocupação agora é evitar que isso ocorra com o Lote 5, porque há risco, em função do preço das tarifas partirem de valor elevado, de ter-se, novamente, no Oeste do Paraná, um dos pedágios mais caros do Brasil. “Precisamos pensar alternativas e, unidos, evitar esse impacto na competitividade dos nosso produtos e economia”, comenta o presidente do POD, Alci Rotta Júnior.

Justiça

De acordo com Homero Marchese, é muito importante que haja justiça no preço médio do pedágio entre todas as regiões do Estado. O pedágio entra no custo da produção e essa pode ser uma desvantagem competitiva muito grande para aquelas regiões que praticam preços mais altos do que a média. E para evitar esse problema, são duas soluções possíveis, afirmou ele: efetiva concorrência no momento do leilão e “compra” de obras pelo governo.

“Nós temos ainda que licitar o Lote 5, que envolve o trecho entre o Cascavel a Maringá e Cascavel a Guaira. Mas só isso também pode não ser suficiente. Aí uma segunda solução seria uma compra de obras por parte dos governos federal e estadual para aliviar o preço de pedágio para o usuário. Lembrando que o Lote 6, que já foi licitado e no qual não houve desconto, tem o preço da tarifa por quilômetro mais cara do Paraná, de 17 centavos contra a média de 11 centavos de outros lotes. Isso certamente traz desvantagem para o Oeste”, conforme Homero.

O Lote 5

O Lote 5 tem 432,77 quilômetros de extensão e atenderá 17 cidades do Paraná. Ele abrange trechos das rodovias federais BR-158, BR-163, BR-369 e BR-467, além da rodovia estadual PR-317. Ele conecta regiões do Oeste e Noroeste do Estado, incluindo o trecho entre Maringá e Cascavel, e de Cascavel até a fronteira com Mato Grosso do Sul, em Guaíra.

 

Crédito: Assessoria

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