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A lente de aumento que precisávamos
A relevância da Lava Jato vai além dos corruptos que prendeu. Gerou uma reflexão coletiva a respeito de questões essenciais sobre quem somos como povo, do que somos feitos. E sobre como a crise de democracia que estamos vivendo hoje tem relação com o fato de a corrupção no nosso país não ter sido até aqui um ponto fora da curva, mas praticamente a estrada por onde circulou uma parte significativa do poder e da riqueza. Em toda a sua história, o Brasil olhou para o alto para observar a bandeira com a frase “Ordem e Progresso”, enquanto aqui embaixo adotava outro lema para conduzir a vida: criar dificuldades (políticas e legais) para ganhar facilidades (financeiras).
Claro, não foi a Lava Jato que fez nós nos enxergarmos no espelho. Os brasileiros já sabiam de tudo isso antes de a operação iniciar. Mas talvez, foram essas investigações mais duras contra a corrupção que reaqueceram a discussão sobre o assunto, adormecida há tanto tempo, limitada talvez aos corredores de universidades ou salas de pensadores. Foram elas que movimentaram de novo as ruas, que geraram indignação coletiva e, assim, incomodaram a velha política, que atuava tranquila, sem enxergar no horizonte qualquer sinal de punição.
A Lava Jato não foi perfeita. Sabemos que o Brasil ainda engatinha na execução de suas leis e na prática da democracia. Porém, é inegável que a operação jogou luz em muitos cômodos escuros, em que até mesmo a Justiça parecia ter perdido a vontade de entrar.
A consequência de termos visto de tão perto o tamanho do câncer foi o desejo coletivo de entender nossa doença profundamente, em vez de fecharmos o ângulo da lente nos sintomas. Desistimos de nos enganar, acreditando que apenas prender este ou aquele curaria o mal. Passamos a discutir reformas e a apostar em um sistema novo, sem os vícios antigos, a causar medo nos políticos que eram, na verdade, criminosos e, principalmente, a nos envolver com a mudança.
Não é simples ajustar uma economia em um país que sempre a conectou com o que é político. Também não é fácil promover crescimento em um Brasil em que a obrigação de prometer favores e acomodar parentes e amigos sempre foi o corriqueiro. A resposta à pergunta “O que eu ganho com isso?” continuou sendo o cimento de boa parte do que construímos mesmo depois de liquidado o Império e proclamada a República.
Mas a Lava Jato mostrou que podemos, sim, ter um país maduro e igualitário, em que o patrimonialismo para de despejar na rua, que é de todos, o sujo de suas mansões partidárias, cujos membros da família servem apenas a seus pais. E que, se queremos ter alicerces fortes para o desenvolvimento humano e econômico do Brasil, temos que começar a mexer na nossa lama para que ela pavimente de uma vez o nosso crescimento.
Data de Publicação: 27/06/2019
Autor: Marco Tadeu Barbosa, presidente da Faciap
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