As Contradições da 6ª maior Economia do Mundo

Começamos este ano com boas notícias para o nosso país. Os indicadores o apontam como o maior exportador de carne do mundo, é a 6° maior economia mundial, apresentando um crescimento maior que muitos países europeus, com um alto nível de geração de emprego e inflação sob controle.

Mas a distribuição de renda e a qualidade de vida da população precisam ser trabalhadas para ficarem ainda mais perto dos países mais ricos do mundo.

O Brasil precisa aumentar o investimento em infraestrutura para melhorar o seu desempenho econômico e social, ou até aproveitar a oportunidade do momento para transformar suas necessidades em oportunidades. Atrair investimentos da iniciativa privada para os setores necessários pode ser uma alternativa para financiar o crescimento.

Nossos portos, ainda congestionados, precisam de maiores investimentos, modernizações e aprofundamentos, para se tornarem multifuncionais e alcançarem excelência nos transportes de cargas e passageiros.

Nossa malha ferroviária precisa crescer mais 30 mil quilômetros, precisamos de vagões especializados, melhorar a confiabilidade dos prazos e o preço do transporte deste modal, já que no Brasil ocorre uma inversão, o transporte rodoviário, por incrível que pareça, é mais barato que o ferroviário, ao contrário de todo o mundo.

No setor de energia, as hidrelétricas respondem por 71% da oferta nacional. Outras alternativas, como eólicas e bioenergéticas, precisam ser incentivadas, e também gás, carvão, álcool e biodiesel.

Possuímos 576 milhões de hectares de florestas e precisamos realizar estudos e iniciativas para preservarmos e garantirmos a proteção do bioma e crescermos de forma sustentável.

Quem sabe conseguimos até sonhar com uma limitação imposta para o transporte rodoviário, para desenvolvermos todos os outros modais pouco utilizados neste país e mostrarmos para o mundo muito mais tecnologia, prosperidade e riqueza do que futebol e carnaval?

Thiago Luiz Colisse Brasil – concluindo o MBA em Engenharia Logística pela Faccamp, trabalhou em empresas como Casas Bahia e Expresso Jundiaí na área logística.

Data de Publicação: 13/01/2012