Brasil, um dos países mais empreendedores do mundo

Empreendedorismo é fazer muito com pouco, independentemente do recurso, local e condições disponíveis. É a busca incansável de oportunidades, é olhar para o que se pode construir de novo. É um dos pilares do desenvolvimento do país, é a força motriz que empurra o Brasil. O empreendedor é aquele que apresenta determinadas habilidades e competências para criar, abrir e gerir um negócio, gerando resultados positivos.

No último ano, o Brasil teve um resultado muito bom no empreendedorismo, houve um desenvolvimento expressivo das pequenas e médias empresas, impulsionado pelo boom econômico que ocorreu no mundo inteiro, mas também pela maior oferta de crédito a juros mais baixos para os empreendedores brasileiros. Antes no Brasil, este processo de modernização gerencial, tecnológico e dos processos de trabalho também ocasionou, a partir da segunda metade dos anos 80, o crescimento da fundação de novos negócios. A terceirização das atividades não essenciais nas empresas de médio e grande porte e as mudanças no mundo do trabalho com redução na oferta de empregos formais geraram a criação de dezenas de empresas de pequeno porte, representando a alternativa encontrada pelas pessoas para obter trabalho e renda.

A força do empreendedorismo no Brasil está na juventude. E pode ser medida pela capacidade de renovação nas duas faixas etárias que mais crescem. Hoje, o grupo dominante é formado por jovens adultos de 25 a 34 anos - soma 22,4%. Mas os que têm de 18 a 24 anos vêm logo atrás e formam a faixa que mais cresceu na última década - 7,4%. É o que revela um estudo no Brasil feito pelo Sebrae e o Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP). Entre os países desenvolvidos e emergentes, o chamado G20, o Brasil e a Rússia são os únicos nos quais os empreendedores na faixa de 18 a 24 anos representam um número maior do que aqueles que têm 35 anos ou acima disso. Em 2010, o primeiro grupo representou 17,4% dos empreendedores nacionais.

Atualmente, o Brasil é um país de oportunidades, os negócios já não surgem mais por necessidades, mas sim por oportunidades, os empreendedores buscam independência e autonomia através da grande oferta de oportunidades. Porém, é preciso se preparar para encarar esse desafio, buscando ferramentas de auxílio para que a empresa sobreviva e não decaia já nos primeiros anos de mercado. Para isso, nem sempre o estudo faz a diferença, mas sim os comportamentos empreendedores do empresário. Os empreendedores possuem características comportamentais que influenciam diretamente no sucesso ou fracasso de um empreendimento, sendo possível melhorar estes comportamentos através de programas que trabalham o empreendedorismo. Um dos programas que trabalha o empreendedorismo com a visão comportamental e tem tido resultados comprovados é o Empretec, que é ministrado no Brasil e internacionalmente. O seminário é conhecido por transformar as atitudes e comportamento dos participantes. A metodologia foi desenvolvida pela Organização das Nações Unidas (ONU) e é aplicada no Brasil pelo Sebrae Nacional.

O programa Empretec tem o objetivo de atender as necessidades dos empresários, preparando-os para os desafios do empreendedorismo. O Brasil, é sabido, está vivendo um momento de grandes oportunidades, muitos países investem aqui, empresas de fora estão vendo excelentes oportunidades no Brasil, e nós? Será que estamos atentos a isso?

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Ver, a pedido do Sebrae Nacional, identificou que o seminário Empretec contribui para que os participantes tenham uma propensão maior em tornarem-se mais empreendedores, até mesmo os que não são empresários. Entre os empresários pesquisados, 80% declararam que o seminário contribuiu na ampliação do faturamento e aumento de lucros em seus negócios. Além disso, 73% dos participantes apresentaram melhorias no preparo de metas, planos, projetos e na identificação de novas oportunidades de negócio. A informalidade também perdeu espaço com o Empretec. Dos participantes, 87% eram formalizados e, após o seminário, o percentual de empresários que legalizaram seus negócios pulou para 94%.

Data de Publicação: 25/05/2012