As contradições entre a natureza e a sociedade moderna explicam o iminente entorno da bolha industrial. Enquanto a busca da eficiência e da padronização na sociedade Industrial destruiu a diversidade (cultura e biologia), a natureza é toda diversidade.
Precisamos aprender a visualizar, de forma individual e coletiva, os sistemas mais amplos de que fazemos parte: organizações, setores de atividades, cidades e regiões.
O verdadeiro mundo real:
Economia - sociedade - meio ambiente. Desafio 80 – 20.
A mudança:
Meio ambiente – sociedade – economia .
EMPRESA SOCIAL
A empresa social procura resolver problemas ambientais e sociais. Tem objetivos mais elevados, que vai muito mais além do que obter lucros.
A empresa cidadã atua em ambas as dimensões da responsabilidade social empresarial.
Para projetar um futuro sustentável, devemos todos trabalhar juntos, mas de uma maneira nova e diferente.
Problemas: Energia e transporte, alimento e água, resíduos materiais e toxicidade, desequilíbrio – muitos recursos na mão de poucos.
Os inovadores de hoje já não estão mais se inspirando em máquinas, mas na natureza. É possível construir futuro diferente, aprendendo a observar os grandes sistemas naturais dos quais fazemos parte e estimulando a colaboração entre cada fronteira imaginável.
O mundo exige uma forma de agir, diferente, para sua prosperidade e sustentabilidade que virá depois da era industrial. É uma forma diferente e exige liderança.
Uma delas é a educação, deve estar centrada na sustentabilidade. A preocupação da população brasileira:
1, Saúde 43%. 2, Empregos 41%, 3,Fome/miséria 31%, 4,Segurança 31%, 5,Corrupção 27%, 6,Drogas 24%, 7, Educação 15%, 8, Salários 10%. Apenas 1% da população brasileira prioriza a Educação na hora de escolher o prefeito. Estudos apontam que 68% dos entrevistados não sabem o que o atual governante esta fazendo em seu município.
Formação do capital humano e social. Investir no social é justamente estar investindo no capital social. Ensinar a pescar o peixe.
A responsabilidade social é confundida com filantropia, doações, mas hoje ela tem as seguintes características:
É PLURA L – Empresas não devem satisfazer apenas a seus acionistas. O mercado deve agora prestar contas aos seus funcionários, a mídia, ao governo, ao setor não governamental e ambiental, enfim com as comunidades com o quem opera.
É DISTRIBUTIVA – A responsabilidade nos negócios é um conceito que se aplica a toda cadeia produtiva. Não somente ao produto final, deve ser avaliado por fatores ambientais ou sociais, mas o conceito é de interesse comum, portanto deve ser difundido ao longo de todo e qualquer processo produtivo As empresas devem fazer valer seu código de ética.
É SUSTENTÀVEL – Responsabilidade social anda de mãos dadas com o conceito de desenvolvimento sustentável, uma atitude responsável em relação ao ambiente e a sociedade, com relação a fornecedores e parceiros.
È TRANSPARENTE – A globalização traz consigo demandas por transparência. Não mais nos bastam os livros contábeis. Empresas serão obrigadas a divulgar sua performance ambiental e social, os impactos de suas atividades e as medidas tomadas para a prevenção ou compensação de acidentes.
Empresa sustentável é aquela que gera lucro para os acionistas, ao mesmo tempo em que protege o meio ambiente e melhora a vida das pessoas com que mantém interações.
Mas o conceito de sustentabilidade vai muito mais além dessas coisas, conotando um sentido sistêmico que não pode ser adequadamente traduzido por uma soma de ações setoriais, econômicas, ambientais e sociais. É preciso que se trate de não apenas melhorar a vida das pessoas individualmente, e sim de contribuir para a criação de ambientes que favoreçam o seu desenvolvimento humano e social.
È possível mostrar que não adianta muito exercer a sua responsabilidade econômica, ambiental e social se não exercer a sua responsabilidade política. Até então o empresariado vem atuando de forma disfarçada financiando candidaturas, articulando bancadas parlamentares que defendam os interesses dos empresários. Financiando campanhas de políticos corruptos, isto não contribui para a conquista da sustentabilidade.
As empresas precisam ter uma causa social e para tanto estimular seus colaboradores a participar em torno desta causa, transformando esses colaboradores em agentes do desenvolvimento da empresa e do mundo onde a empresa atua. Nenhuma empresa é sustentável por si só. O que é sustentável é o sistema composto pela empresa e por todos aqueles nela interessados.
Enfrentar os desafios da sustentabilidade é a única maneira de aumentar a garantia do futuro e para tanto deve: -
- Induzir o desenvolvimento da empresa e do meio onde ela atua, elaborando, articulando e executando programas de sustentabilidade.
- Fazer a gestão democrática da rede dos seus fornecedores e parceiros e procedimentos internos e externos.
- Promover o voluntariado em torno de uma causa.
- Exercer de uma nova maneira a sua responsabilidade social e assumir a sua responsabilidade política.
- Desenvolvimento é sempre desenvolvimento humano e social.

Data de Publicação: 19/08/2009