Cada dia mais as construções dos prédios do novo campus da UFFS conferem um status de universidade ao que, há poucas semanas, era um amontoado de concreto e ferros. Os motoristas que vêm no sentido Ampére – Realeza percebem já de longe que em poucos meses os prédios estarão completamente concluídos. O novo campus, localizado nas proximidades do Jardim Primavera, será moderno, bonito e, o mais importante, concederá mais qualidade na formação dos futuros profissionais.
Realeza e o Sudoeste lutaram durante anos para garantir a vinda da universidade para a região. Essa luta é lembrada hoje, data em que se comemora dois anos de criação da assinatura do projeto de lei que cria a universidade. Diversas reuniões do Movimento Pró-Universidade, formada por professores, políticos e membros da sociedade civil organizada, e muitos encontros em Brasília e Chapecó foram necessários para que a Universidade Federal da Fronteira Sul tivesse um de seus quatro campi instalados numa região muito mais reconhecida pela produção agrícola do que pela vinda de grandes universidades federais.
Por conta desse histórico de lutas e reivindicações pela UFFS no Sudoeste que o ritmo acelerado das obras no campus definitivo tem uma conotação especial para membros da comissão Pró-universidade, professores, servidores e acadêmicos.
“Na próxima semana, o movimento que deu origem pelas reivindicações da universidade vai se reunir e avaliar a implantação da UFFS. Mas, extraoficialmente, em conversas com o Conselho Estratégico e entidades Pró-Universidade a avaliação é bastante positiva, porque a universidade está efetivamente funcionando, as aulas estão transcorrendo com normalidade e as contratações de pessoal também. Isso demonstra que a implantação está dentro da normalidade”, ressalta o diretor do campus Realeza, João Braida.
Mudança para o novo campus deve ocorrer em 2012
O bloco A, que albergará 40 salas, entrará na segunda etapa de construção em outubro, quando acontecerá a estruturação do prédio. Este bloco será o “cérebro” de toda a universidade, pois, das 40 salas, 15 serão disponibilizadas para as aulas e o resto para biblioteca, setor administrativo e cantina. “A empresa contrata para a segunda fase das obras tem prazo de cinco meses para entregar. Então acreditamos que em 2012 as construções estejam concluídas e a gente consiga fazer a mudança”, diz o diretor.
De acordo com ele, os outros três prédios, onde serão instalados os laboratórios dos cursos, já estão com os projetos em fase de conclusão o que significa dizer que até o final do ano as empresas já estarão licitadas. “Nosso objetivo é que em 2013 tudo esteja funcionando no novo campus”, adianta.
Novos cursos são descartados
Apesar da estruturação do novo campus a possibilidade de abertura de novos cursos é descartada pela reitoria. Segundo Braida, a UFFS deseja obter antes de tudo o reconhecimento das graduações perante o Ministério da Educação, o que deve ocorrer quando todas as primeiras turmas estarem formadas. “Precisamos ver se estamos dentro da nossa proposição, que é oferecer cursos de qualidade à comunidade”, explica. “Isso só vai acontecer quando as primeiras turmas estarem formadas”, diz.
Uma possibilidade é abrir mais que uma turma por ano letivo. Atualmente a universidade trabalha com o sistema de aulas por semestre, no entanto, o ingresso acontece apenas no início do ano. Com a mudança para o novo campus e a estruturação dos cursos, pode acontecer de em Medicina Veterinária e Nutrição o ingresso acontecer em fevereiro e agosto.
Fonte: www.aquisudoeste.com.br
