No Congresso Empresarial Paranaense, o papel das Sociedades Garantidoras de Crédito (SCG) no desenvolvimento das cidades foi tema de um painel mediado pelo presidente do Sebrae-PR, Vitor Tioqueta. Isso porque o Paraná é destaque no setor em relação a outros estados. As seis Sociedades Garantidoras de Crédito (SGC) paranaenses atingiram a marca de R$ 100 milhões de garantias concedidas a micro e pequenas empresas nos últimos seis anos. “Atualmente, mais da metade das operações brasileiras ocorrem no Paraná, onde as SGC abrangem 191 dos 399 municípios”, afirmou Tioqueta.
O vice-presidente para garantidoras de crédito da Faciap, Augusto Sperotto, abriu o painel explicando que a atuação das garantidoras traz vantagens até mesmo aos bancos, que constataram com o tempo que o nível de inadimplência é menor com a atuação das SGCs. “Então, temos que intensificar o nosso trabalho, nos qualificarmos, para podermos, cada vez mais, negociar taxas de juros ainda menores para nossos clientes”, disse Sperotto.
Jefferson Nogaroli, do Sicoob, lembrou que o Paraná tem concedido cartas de crédito com bons índices de solvência, o que possibilita a redução das taxas. “Nós só vamos ter um pais eficiente quando aqueles que produzem tiverem condições viáveis para isso”, afirmou.
Já o presidente da Associação Comercial e Industrial de Toledo (ACIT), Marcos Destefeni, falou do papel da entidade no apoio às SGCs. “Quando o empresário, em vez de procurar o financiamento direto com o banco, busca o beneficio com a carta de aval da ACIT, consegue uma redução de 42% de juro na hora de pedir o empréstimo”, relatou. "O benefício gera desenvolvimento para a região".
O prefeito de Foz do Iguaçu, Chico Brasileiro, contou a experiência do município no incentivo ao micro e pequeno empresário. Segundo ele, com aval do poder público municipal, o Banco do Empreendedor e as agências do Sicoob liberaram R$ 12 milhões para empréstimos a juros baixos para microeempreendedores individuais, agricultores familiares, micro e pequenas empresas neste ano. “Eu incentivo outras prefeituras a fazerem o mesmo”, disse ele.
Nizar Ratib Midrei, do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, detalhou o SNG – Sistema Nacional de Garantia, elaborado pelo Governo Federal para organizar todos os instrumentos públicos de garantia que hoje são dissociados. “O grande beneficiado disso são as micro e pequenas empresas”, afirmou.
E Eugenio Manoel de Araújo Dias, da Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias (ABGF), encerrou o painel pontuando o papel da agência neste contexto. Segundo ele, o objetivo é contribuir para o dinamismo das exportações brasileiras e para o financiamento de projetos de infraestrutura. “Também queremos melhorar a oferta de garantias e a gestão de fundos garantidores oficiais no Brasil, complementando a atuação do mercado”.
O Congresso Empresarial Paranaense segue até este sábado (10) no Mabu Thermas Grand Resort, em Foz do Iguaçu.
