Para uma empresa funcionar e crescer, três coisas são fundamentais: estratégia, operação e gente. Esse foi o tema da palestra de Antônio Maciel, do site Quero Ser CEO, que ocupou o cargo sobre o qual ele ensina hoje durante 23 anos.
Estratégia inclui várias áreas que precisam ser consideradas, como o processo decisório. Apesar de a tomada de decisões ser algo corriqueiro para empresas, o modo como isso é feito muitas vezes não é discutido. “E aí, toma vez que o empresário precisa tomar uma decisão, a equipe precisa discutir o processo decisório, o que toma muito tempo e energia”, disse ele durante a sua palestra no Congresso Empresarial Paranaense realizado pela Faciap em Foz do Iguaçu nestes dias 9 e 10 de novembro. “É preciso definir um método para que as decisões sejam tomadas da melhor forma possível”.
Outro ponto que deve fazer parte da estratégia são as mega tendências. “China, meio ambiente, novas tecnologias, são algumas dessas tendências que, independente do que ocorra, permanecerão influenciando o mercado”, afirmou Maciel. Por isso, saber se o seu negócio vai contra ou a favor delas pode definir boa parte da estratégia.
Sobre operações, Maciel lembrou que de pouco vai valer uma grande estratégia se a operação não funcionar de maneira adequada. Para explicar melhor a importância disso, o palestrante realizou uma analogia com os exemplos do Bernardinho do vôlei. “Bernardinho dizia que para chegar nas Olimpíadas, todos os fundamentos do vôlei, como o saque e o ataque, precisam ser executados de maneira excelente”, citou Maciel. Da mesma forma, a contabilidade, o marketing, o administrativo e todos os setores de uma empresa tem que funcionar perfeitamente.
“Com a estratégia, o empresário encanta o cliente, mas se ele falha na operação e não entrega, ou atrasa o produto, a empresa não chega lá”, disse ele.
E o terceiro ponto que deve ser prioridade para toda empresa é: gente. “Quanto tempo nós dedicamos em nossas empresas para cuidar das pessoas?”, questionou Maciel. O problema começa na contratação. “Contratamos pelo currículo e demitimos pelo comportamento. Então na hora de contratar temos que olhar o comportamento também”. Para ele, as empresas precisam estabelecer um processo decisório para contratar. E demorar menos para demitir quem não está correspondendo com a cultura da empresa.
Por fim, citou a formação de líderes, que tem um papel primordial. “Se a equipe não está atingido as metas, não é porque não quer, mas porque não saber como fazer isso. E é papel do líder facilitar a busca pelo conhecimento”.
