Economia brasileira mostrou alta de 0,2% no primeiro trimestre (de janeiro a março) de 2012 sobre os três últimos meses de 2011, segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (1º). Em valores correntes, a soma de todas as riquezas produzidas pela economia no período alcançou R$ 1,03 trilhão.
De acordo com o IBGE, o maior destaque foi a indústria, que mostrou crescimento de 1,7%, seguida pelo setor de serviços, com 0,6%. O pior desempenho ficou com a agropecuária, que caiu 7,3% nos três primeiros meses de 2012.
Já na comparação com os três primeiros meses de 2011, a economia cresceu 0,8%.
A previsão do Banco Central era de que o crescimento seria de 0,15% ante o trimestre anterior, de acordo com o Índice de Atividade Econômica do BC, o IBC-Br - um indicador criado pela autoridade monetária para tentar antecipar o resultado do PIB.
Na comparação entre o primeiro trimestre deste ano e o quarto de 2011, o crescimento da indústria foi puxado pela indústria de transformação, segundo o IBGE, com expansão de 1,9%. A construção civil e eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana cresceu 1,5% e a extrativa mineral, na contramão, caiu 0,5%.
No setor de serviços, tiveram os maiores destaques as atividades de administração, saúde e educação pública (alta de 1,8%), comércio (aumento de 1,3%) e transporte, armazenagem e correio (crescimento de 0,9%).
Pela análise do gasto, o consumo da administração pública cresceu 1,5% e o consumo das famílias, 1,0%. Já a formação bruta de capital fixo recuou 1,8%. As importações de bens e serviços cresceram 1,1% - acima das exportações, que tiveram alta de apenas 0,2%.
Comparação com 2011
Em relação ao primeiro trimestre do ano passado, o PIB cresceu 0,8%. A pior baixa foi registrada pela agropecuária, que caiu 8,5%. "Alguns produtos da lavoura, que possuem safra relevante no 1º trimestre, registraram queda nas estimativas de produção anual e produtividade", disse o IBGE, em nota.
A indústria registrou leve alta de 0,1%, número considerado estável pelo IBGE. A indústria de transformação recuou 2,6% - queda puxada, principalmente, pela redução da produção da indústria automotiva, de máquinas e equipamentos, metalurgia, borracha e plástico, máquinas, aparelhos e materiais elétricos e artigos do vestuário e calçados. Já nas atividades de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana, construção civil e extrativa mineral.
O melhor resultado nesse tipo de comparação ficou com o setor de serviços, que cresceu 1,6%. Todas as atividades desse ramo tiveram alta, mas o destaque ficou com serviços de informação, com alta de 4,1%.
Fonte: G1